sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nome próprio, sem pseudónimos

Vários podem ser os motivos desse hiato no blog:
1 - Eu sabia que isso podia ser descoberto e, por precaução, reprimi minha inspiração.
2 - A bebida já não é mais tão amiga do teclado.
3 - Algo mais palatável surgiu pra ocupar minha mente.
4 - Finalmente percebi que escrevo mal.

Qualquer que seja o motivo, agora não há mais como se esconder. Desculpas por ter feito isso de forma meio grosseira em certos momentos, completamente absurda em todos os momentos e de forma tão covarde também. Contudo, era o que me garantia alguns momento de paz. Ademais, são só palavras. Claro que isso não torna os sentimentos uma mentira, ao menos até tomarem corpo através da letra. Afinal, nenhum sentimento é falado, por isso não sentia falta do "eu te amo" e aquelas lágrimas me significaram tanto, tudo significou muito. Aliás, tal tempo verbal não está muito adequado. Tudo significa muito, o que queria era deixar claro que nada me levaria a buscar algo hoje.

Enfim, perdi a cabeça nos últimos tempos. Relendo tudo, nada parece muito sensato mesmo. Tudo fora de ordem, de contexto, de espaço. Acho que isso era eu. Bom, ao menos pude reler tudo e chegar a essa conclusão. Logo, que fique claro que não sou tão triste, nem depressivo, deprimido ou sozinho, e essa solidão há de passar em pouco tempo. E, repito, não há nenhuma idealização aqui, não vou cortar meus pulsos por você, ou mesmo arrancar um fio seu de cabelo. Realmente, o hoje me traz um pouco mais de paz por contar com poucas palavras suas. Senti-me deveras agradecido por aquela noite. Por toda a vontade de ter aquilo, de passar pelo nervosismo, de poder errar novamente, de encarar, de não saber aquilo que jurava conhecer, de pensar e não agir, de não querer mais nada... Enfim, não só estava contente ou satisfeito, estava bem de verdade, com aquilo e nada mais.

Lembro da melhor vista que vou ter em toda minha vida. Lembro de tê-la ao meu lado. Lembro de ter dito alguma asneira muito grande, como se fosse impossível você se lembrar daquilo pra sempre sem eu ser desagradável. E, mais importante, lembro que estava ali por ti. Não por não ter vontade própria, muito pelo contrário. Minha vontade era experimentar o que vinha de você, confiava em você, ainda confio. Não me entenda mal agora, não quero soar como uma criança ou uma massinha de modelar, mas, realmente, desde o primeiro instante tive um interesse enorme em ser você por um dia. Queria mesmo experimentar tudo, ter tudo, ver tudo, usar tudo, ler tudo que fosse seu... Achava que nunca mais teria alguém assim na vida. Sei, agora, que nunca terei mesmo, o que não quer dizer que seja uma necessidade, só quero dizer que é única. Por isso me atenho a ti até hoje. Somado ao que o remorso e a angústia podem se tornar para um ser humano, pode ser a resposta de palavras tão estapafúrdias aqui escritas.

O que me intriga é que realmente encontrei tais palavras nesse caminho, as tive nesse tempo, as saborei nesses momentos. Não posso jugá-las como mentiras. Queria nunca tê-la perdido, mas não mais espero voltar no tempo. Ao ler, espero que não se assuste, se espante, me odeie, me julgue (a não ser pelo teor literário). Mais uma vez, não vou tentar abduzí-la novamente. E, aproveitando o que um bom malbec é capaz de fazer, só lhe peço que não volte atrás no seu intento. Eu podia ter recusado aquela manifestação de contato, mas não o fiz. Exatamente por que, como disse, queria aquilo muito e muito mesmo, e nunca vou passar disso. Claro que, se eu não for digno de interesse, aceitarei a penumbra. Porém, ao menos neste momento derradeiro, deixe claro o motivo.

Sei que eu podia não ter passado por isso. Sei que podia ter ganho muito mais, ser muito mais feliz, viajado muito mais, bebido muito mais, comido muito mais, lido muito mais, ido muito mais ao cinema, lhe acompanhado muito mais, descoberto muito mais. Sei que podia ter sido muito mais pra você. Sei que o que passei e aqui escrevi só tem a mim como culpado. Sei que o amor não significa tudo isso e mais o que queria lhe dizer. Porém, sei que tudo isso e mais o que queria lhe dizer é amor, é o que o amor foi e significou.

Ainda espero não ter que olhar pra trás pra revê-la. Ainda espero que não volte atrás. Ainda espero que seja completamente e explicitamente intragável com todos estes textos .

Se te conforta, pretendo que seja a última vez que (confesso agora) lhe escrevo. Será a última mentira, o último sentimento fora de onde deveria. Talvez, o último texto deste blog.

Um beijo, boa viagem e continue arrebatando corações.

3 comentários:

Anônimo disse...

.:. malbec é pra beber acompanhado. sozinho, vc toma whisky, que nunca vai te deixar sozinho .:.

Tereza disse...

Guilherme! Em primeiro lugar, MIL OBRIGADAS PELO COMENTÁRIO E DEPOIS PELA SUA DECLARAÇÃO NO SEU BLOG! Valeu!!!

Depois, olha, VOCÊ ESTÁ DEFINITIVAMENTE PROIBIDO DE TERMINAR ESSE BLOG, OK?

ESTAMOS JUNTOS NESSA!

Como raios vamos aguentar a vida sem o BLOG? Como????

Continue aqui e continue escrevendo! VOCÊ ESCREVE BEM DEMAIS e foi um grande absurdo dizer aqui que não!

Bjosss!

Tereza - seguidora do seu BLOG!

a.k.a Danny Skinner disse...

Bom, se whisky nunca vai te deixar sozinho, não há jeito de tomá-lo quando se está sozinho... Logo, após o whisky, o malbec não será inoportuno.