sábado, 26 de dezembro de 2009

Na casa

avião lotado. sentei ao lado de um cara com aparência nada amigável, do tipo que faz questão de não olhar pra lado algum durante a viagem, pra não criar a ilusão de que ele se interessa por algo que não ele. foda-se, aquilo não me fez diferença alguma. esperei pra ver quem iria me sufocar do lado esquerdo e, surpreendentemente, até esbocei um sorriso quando vi uma garota tirando a mochila das costas e aprontando-se pra se sentar ao meu lado. ela sentou, abriu a mesinha, colocou sua coca zero e abriu um pacote de onde tirou algo que, de canto de olho, tive a impressão de ser um pão de queijo. após outro pão de queijo e um sanduíche, o qual ela mordia vorazmente, deixando pequenas migalhas no canto da boca, o cheiro da comilança começou a me afetar. aposto que ela não aceitaria de forma alguma que eu peidasse ao lado dela, mas não via problemas em dividir o aroma daquela refeição comigo. enfim, não restou nada a não ser ouvir música e ler. abri um livro que, dentre outras coisas, fala sobre cigarro. como fumante que sou, senti uma puta vontade de fumar. perguntei a mim mesmo "por que raios eu não posso fumar aqui dentro". sem uma resposta realmente plausível, só pude mandar à merda o filha da puta que começou com essa história de que cigarro faz mal. pousei em são paulo e a primeira coisa que fiz foi procurar uma lojinha pra comprar um maço. óbvio que não encontrei nada aberto. afinal, era véspera de natal e todos adoram estar com a família nesse dia. óbvio, também, que ninguém liga pra isso no resto do ano. entrei no táxi e parti pra casa de minha mãe. perto do ibirapuera, enfrentei um trânsito considerável de carros e pessoas admirando a árvore natalina montada perto do monumento às bandeiras. "ridículo", pensei comigo. foi nesse momento que vi que não me sentia bem em são paulo. cheguei em casa, deixei minha mala na portaria e fui atrás de algum comércio aberto pra comprar cigarros. encontrei um boteco de esquina e, ao atravessar a joaquim eugênio para alcançá-lo, um mendigo elogiou minha camiseta. como tenho duas iguais, pensei que deveria buscá-la em casa e dar a ele. não o fiz, mesmo sabendo que aquele seria o único ato de carinho que receberia nessa cidade. passei os dois últimos dias imaginando as pessoas que gostaria de rever, aquelas com quem gostaria de sentar e ouvir as novidades, aquelas com quem passaria a noite bebendo chopp, aquela que eu sei que não vou ver, a mesma que sei que já tem com quem sair e também imaginei a desculpa que todos me dariam pra não fazer nada disso. fico puto por não poder fumar na casa de minha mãe. não exatamente por ela proibir, mas porque não consigo ficar bem humorado por muito tempo sem fumar. é foda não saber mais com quem posso sair aqui, como faço pra ir em algum lugar sem meu carro (que está onde hoje é minha casa), como faço pra não pensar na pessoa que deveria passar as noites comigo, como faço pra não me sentir mal e com saudades de onde tenho tirado os bons momentos de minha vida hoje em dia. deixei amigos aqui e hoje eles seguem sua vida e não devem se ver na obrigação de parar tudo para me ver. penso que, se demorar muito aqui, talvez eu volte pra lá e os amigos que fiz e que me fazem tão bem hoje também estejam seguido em frente e não mais tenham como parar tudo pra dividir algo comigo. sei que há uma diferença, pois quando sai já sabia bem que estava num caminho bem diferente daqueles que considero amigos em são paulo. sei bem que sai daqui porque não me sentia mais confortável. porém, imaginei que fosse ser diferente, que quando voltasse, mesmo que em visita, sentiria um ânimo renovado. não. só tenho pisado aqui pra saber porque fui embora. deixei sentimentos aqui que ardem como pimenta no cu, ferem como soco no queixo. não sei bem se fugi ou parti daqui. sei somente que não estou aqui há tempos.

sábado, 22 de agosto de 2009

Esse blog é muito palha!

Sacaram?!
Hein, hein?!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

"você que me fez ter tanta dúvida..."

A música tá meio estranha, som zoado, mas ainda é uma das bandas da vida e uma das músicas da vida, fo' sure:


Um pequeno recado a todos (como se existissem muitos): esse blog não é destinado a quem deseja saber como estou, como me sinto, o que estou passando ou querendo. Se sua intenção é essa, pegue um telefone e me ligue.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Momento Guia de Ruas

Avenida Paulista. Cartão postal de São Paulo. Avenida central, conhecida por todos. Um dos centros comerciais de sampa, local de grandes empresas e escritórios. Um lugar bacana pra se passear aos fins de semana. Só aos fins de semana. Durante a semana, é um lugar horrível, cheio de espécimes da pior origem. Se você resolver caminhar por lá em torno das 13h, tudo bem, vocês os encontrará em menor número, não será obrigado a sofrer todas as vicissitudes de estar no mesmo ambiente que estes seres. Porém, se resolver fazê-lo às 18h, meu amigo, aguenta o parabéns (tm). Pra restar um pouco mais claro o que disse, resolvi enumerar algumas dessas espécimes, somente para ilustração. São elas:

  • espécime "clipe do The Verve": Já assistiu aquele clipe antigo do The Verve, "Bittersweet Symphony"? Pois é, aquilo se passa na Avenida Paulista. O problema é que no clipe eles só retratam um cara. No dia a dia, essa espécime se apresenta em um número absurdo. Esse animal costuma demonstrar completo desconhecimento das leis da física e, acredito eu, acham mesmo que dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no mesmo instante. Tanto acham que são capazes de cortar de um lado ao outro da calçada somente para abrigar-se no mesmo centímetro quadrado em que você se encontra naquele instante. Dizem, alguns pesquisadores, que essa espécime apresenta um grau razoável de cegueira e, por isso, ignoram outro ser vivo vindo em sua direção e o abalroam com toda a força que o divino lhes concedeu. Ao percebê-los, fique longe de paredes, pois, senão, terá uma chance menor de escapar de um acidente.
  • espécime "uso camisa e gravata, tenho uma mochila, estou atrasado, sou estagiário": Uma espécime de vida curta, algo em torno de cinco anos. Porém, cinco anos bem vividos, intensos. Um ser muito ágil e rápido, costuma ser visto carregando toneladas de coisas. Aparentemente inofensivos, estes pequenos seres são capazes de tudo para não perder um ônibus, atravessar uma rua há cinco segundos para abrir o farol, pegar a última mesa disponível no McHorror ou pegar o elevador lotado para o 14º andar do TRF. Por serem ágeis, são capazes de entrar em um ônibus ou elevador onde você poderia jurar que não caberia uma joaninha. Costumam andar rápido na Paulista, quase trotando ou praticando marcha olímpica. Costumam estar sempre ao celular, gritando no seu ouvido quando param ao seu lado no farol. Juntamente com a espécime anterior, talvez por falta de calor humano, costumam passar rente a você, bem rente, quase trocando energia cinética.
  • espécime "turista ou carioca morando em SP": Por mais que você ache difícil, é sempre possível ver ao menos um exemplar dessa espécime por dia. Oposto da espécime "estagiário", costumam andar vagarosamente. Talvez para apreciar a paisagem (sei...) ou simplesmente porque estão depressivos por terem se mudado para sampa. Por não possuírem uma afinidade grande com esta cidade, desconhecem a presente divisão de espécimes e consideram que só uma existe, o "paulista". Por isso, andam com olhar de quem acabou de ver o ET de Varginha a todo instante e demonstram um medo descomunal ao atravessar uma rua, na certeza de que serão atropelados por um "paulista", que, no linguajar desses seres, significa "doido varrido sempre atrasado com CNH vencida".
  • espécime "como controlo essa coisa": Só aparecem na chuva, ou seja, ao menos três vezes por semana. São ferozes e andam sempre armados com um instrumento chamado guarda-chuva (guarda pra quê?!). Porém, o problema é que esses seres ignóbeis não sabem como utilizar um guarda-chuva, o que os torna mais perigosos ainda. Assim, não basta o fato de voltar para casa ensopado por conta de uma chuva que o SPTV não previu, você ainda precisa brincar de Matrix com esses tipos, desviando de suas investidas. Alguns dessa espécime cobrem o rosto com o guarda-chuva e abstraem completamente o mundo ao seu redor, esbarrando frequentemente nos outros e os cegando com aquelas coisinhas que colocam na ponta do guarda-chuva. Outros, brincam com o guarda-chuva, jogando-o de um lado pro outro, rindo dos outros transeuntes que tentam, sem êxito, desviar dessa arma.
  • espécime "nos encontramos embaixo do MASP": Espécime mais diversificada, podem ser confundidas com hippies, punks, metaleiros, estudantes de segundo grau ou batedores de carteira. Trafegam pela Paulista como seres superiores, que não se entregaram à malha social desfuncional da alta sociedade. Para os fumantes, são a pior espécime, pois sempre vão lhe pedir cigarro ou isqueiro e aproveitam esse momento para lhe oferecer uma pulseirinha, bater um papo com você (que não tem interesse nenhum nisso) ou tomar algo de você, nem que seja mais um cigarro. Para surpresa geral da nação, convivem amigavelmente uns com os outros no vão do MASP, sob os olhares atentos dos homens da lei. Quando carregam um violão, conseguem ser mais insuportáveis ainda.
  • espécime "os maiores sucessos do Kenny G tocados com um barbante, um elástico e uma folha de bananeira": A espécime mais inofensiva de todas. Ao menos, inofensiva às partes do corpo não ligadas ao sistema auditivo. Prestam-se somente para apresentar clássicos do cancioneiro reciclável mundial em performances de saxofone desafinado, violão sem a corda Lá, gaita pior que Alanis Morrisete ou flauta doce que vinha encartada em alguma revista dos anos 80. Acham que recebem trocados por reconhecimento, quando na verdade estão sendo pagos simplesmente para pararem de incomodar.
Óbvio que existem mais espécimes, contudo, não me vem mais nada à cabeça que não uma vontade incontrolável de tomar uma Heineken. Por isso, leiam atentamente esse texto e preparem-se para a hora do rush na Paulista, este lugar tão agradável, cheio de vida e cor, coração e pulmão de São Paulo (não me espanta a cidade estar uma joça).

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sunny Day Real State's first record is...

And now, for something completely similar: me and my Heineken.

Bom, dia chato. Segundas são, e sempre serão, um domingo em que se bate ponto. Coisa chata, sem futebol, sem macarronada, sem vó apertando bochecha, sem aluguel de bike no Ibira, sem pessoas bacanistas na Paulista. Chato... Garfield tinha razão.

Bom, segue um pequeno resumo do Everybody hates Guilherme de hoje:

1 - Começando pelo final. Ao menos uma coisa legal: percebi que minha gengiva (ou algo dentro da minha boca) voltou a sangrar. Sério. Quando estava escovando os dentes (sim, eu faço isso de vez em nunca), notei que meu cuspe parecia uma sobremesa do McDonald's (tm). Tipo, chantilly com cobertura de frutas vermelhas, sabe?! Pois é, sangue. Bacana, coisa bem Zé do Caixão. Se você não entende porque acho legal, você só pegou o blog agora.

2 - Aproveitando o ensejo, o cuspe e suas vertentes foi o assunto em pauta do dia. Estava eu, garboso e pimpão na frente do meu trabalho (blergh!!!), ou era do lado...? Enfim, estava eu lá, fumando um cigarro, quando avistei um tiozinho vindo em minha direção. Como todo bom fumante, sabemos que alguém em nossa direção é batata: ou pede cigarro, ou pede isqueiro. O tiozinho era quase um paradigma dos retratos falados de qualquer DP meia-boca. Tinha uma cara absurda de pé-de-cana. Óbvio que o cara fuma, pensei comigo. Quando, precavido que sou, coloquei a mão no bolso, pronto pra sacar o isqueiro, o campeão passou por mim, virou a cara pro cinzeirão que estava do meu lado e tascou uma cusparada digna de arremessador de baseball. Cara, sem brincadeira, o batuta lançou uma diarréia pela garganta, um troço marrom-sai do meu corpo que isso não te pertence, sabe?! Horrível. Indignado, sem minha carta "NÃO METE ESSA" pra apresentar pro indivíduo, só me restou virar a cara, dar dois passos pro lado e soltar um tímido "filha da puta". E isso aconteceu às 12h. Aliás, por falar nisso...

Frase do dia (qualquer coisa vale como frase hoje em dia): "Não mete essa".

3 - Nenhum telefonema,
nenhuma mensagem,
nenhum e-mail,
nenhum convite pro teatro.

4 - Pior que eu na briga Oasis x Blur (ahhh, as alegorias), só o Grahan Coxon. O cara quase se tacou do 6º andar de um prédio. Talvez por isso ainda considere mais o Oasis. 6º andar?! Francamente...

5 - Música do dia (ou do momento):


By the way, Tim Harrington é o cara. Vou me casar com esse gordinho. Óbvio que se nada der certo com Ms. Cat Power. Aliás...

Inicia-se aqui a campanha "Você e Danny Skinner (moi) no show da Cat Power". Muito simples. Você me diz que gosta de Cat Power, que tá afinzona(ão) de ir ao show, compra seu ingresso, eu compro o meu e nós vamos juntos ver a deusa Charlyn Marie Marshall dia 18 de Julho no Via Funchal. É isso, inscreva-se já.

Last, but not least, baixei o CD novo do Green Day (sim, eu baixo música na internet e sou contra a venda de DVD's piratas. E daí?!) e devo dizer que achei bem empolgante. Lógico, há limites pra tudo nessa vida. Não concordo com metade das críticas de hoje em dia sobre o Green Day, essas do naipe de Rolling Stones e afins. Não há nada a ser glorificado sobre os dois últimos trabalhos do Green Day. Pra mim, resta uma pontinha de orgulho, pois sempre achei Dia Verde muito massa. Mesmo depois dos 20 anos. O fato de, só a partir de 2006 os caras serem vistos como uma banda foda, com as melhores melodias da feira moderna, me deixa orgulhoso por ter avaliado o Insomniac como um dos melhores discos de todos os tempos (exagero). Quanto ao CD, depois de algumas ouvidas, entendi o porque de Billie cantar "I don't wanna live in the modern world". David Bowie, Mott the Hoople, The Who e outros easter eggs espalhados pelo CD. Só ouvir e você vai me entender. No fim, o CD garante um bom momento de alegria, sol e passos largos na sua vida. Vale a pena.

É isso. Se tudo der certo, volto ainda hoje. Porém, se o "Bestiário" e o vinho me convencerem, seremos eu e Morpheus até amanhã.

Até, vagabundos.

PS: Ainda bem que nenhum dos meus amigos lêem isso aqui. Seria execrado pelo comentário do Green Day.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

The Fall of Men (ou "Um pouco de bromance não faz mal")

- Fala!
- Oba.
- Ouvindo o que?
- Radiohead.
- Hum... Não é Tom Waits, nem Chet Baker. Muito menos aquele maldito acústico do Alice in Chains.
- Não fala assim. Amo aquele disco.
- Aquela porra é um soco no peito, pior que heroína.
- Já avisei que me mato quando quebrar meu recorde de quinze repetições ininterruptas de "Nutshell".
- Sei... Enfim, o que quis dizer é que tem volta. Vai lá, conta. O que ocorreu?
- Lembra da garota de sexta passada?
- Sim.
- Então, mandei um e-mail pra ela no domingo. A cocôzenta não respondeu até agora.
- Ué, isso faz uma semana somente. Vai ver ela não leu.
- Fala sério!
- Bom, sei lá?! qual o problema se ela não respondeu?
- Ah, cara... Pôxa, eu mandei um e-mail super divertido. Gastei todo o meu carisma, mostrei todo meu interesse sem parecer desesperado, fui inteligente sem ser pedante, suscitei que estava solteiro, mas não solitário... Fui o que manda o manual. Tudo isso pra quê?! Pra passar em branco sem nem um "me esquece" ou um "me erra"?!
- Cara, mulher é assim mesmo.
- Ahhh, que inferno. Cansei disso! É muito querer uma menina interessante, bonita e inteligente, que esteja afim de um relacionamento sério, sem a necessidade de terminar tudo na cama, fodendo como coelhos? Por que é tão difícil achar uma gata pra me chamar de "seu"?
- Se soubesse a resposta pra isso, estaria rico.
- Sabe, tento sair todo dia o mais bacanudo possível, jogo todo o meu charme pra poder chegar junto, tento bater um papo bacana, falar de todos os assuntos mais interessantes que sei, literatura, música, cinema, arte, design... Tudo! No final, só consigo levá-la pra casa e comê-la de pé no banheiro. DE PÉ! Nem pra transar deitado, com beijinho na boca.
- É foda.
- Diabos... Queria uma paixão. Uma paixão e uma chance de transformar isso em amor.
- Meu, tudo a seu tempo. De qualquer forma, deixa isso pra lá. Levanta essa cara. Mulher não é tudo na vida.
- Mas, caramba, faz falta. Tô muito carente ultimamente.
- Brother, olha pra você! Responda-me se um rapazote como você deveria estar penando na vida atrás dessas "qualquer"? Pelamordedeus!
- ...
- Meu, tu é um cara gente boa, sangue bom, engraçado, boa pinta, com uma lábia pra ganhar até a mina do apartamento 82, inteligente, culto, descolado. Cara, tu tem tudo na vida. Levanta essa bola, meu camaradinha.
- Será...? - sniff -
- Hey, hey...! Enxuga essa lágrima! Não admito você chorando na minha frente. Tu não merece passar por isso. Tu é o cara mais nota 1.000 que já conheci. Tu tem motivos pra só andar sorrindo pelo mundo afora.
- É... Acho que sim.
- Claro. E eu lá sou cara de contar mentira?!
- Pô! Valeu, truta. Bom saber que posso sempre contar contigo.
- Demorou. Agora, pra espantar essa urucubaca toda, vamos assistir "Segurando as Pontas"?
- De novo?!
- É.
- Tá. Só se for agora. Vamos parar no supermercado pra comprar as brejas e Doritos.
- Vamo aê. Agora, vê se joga um Fela Kuti nesse som, doido.
- Já é. Tu tem um fino contigo?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dêcon bek



Clipe chapado da trinca de produtores holandeses Kraak & Smaak, também conhecidos como Oscar de Jong, Mark Kneppers e Wim Plug. O som, apesar de eletrônico, tem uma levada bem soul, algo bem interessante pra jogar em uma pista não povoada por cabeças de bate-estaca.

PS: Logo mais, voltarei a postar aquelas coisas desinteressantes de antigamente, dar um sopro de vida nessa joça mal-intencionada e bem mal-redigida.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Smashing Pumpkins circa 90's - Billy Corgan circa 00's =



Silversun Pickups é minha banda da semana. O disco novo tá sensacional.

PS: Não liguem pra platéia idiota. É o programa do Carson Daly, não dá pra esperar muito.

Pensamento do dia

A diferença entre quem fala muito e quem fala nada é que este tem noção de que não tem nada de bom pra dizer.

Diálogo do dia

- Pôxa, olha só! Ele prefere estar conosco a fumar.
- É... Cigarro não faz tão mal assim.

Nunca vou abandonar


Só quem é, entende.
Nunca vou abandonar.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Constatações da noite

1 - Bêbado é foda...
2 - Quando você sangra por algo e não ganha nada com isso, é hora de rever seus conceitos.
3 - Ninguém vai lhe passar a mão na cabeça por voltar pra casa à passos pequenos e com as costas curvadas.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Having an affair



Esses caras tocando Wu-Tang é de chapar. Porém, como não consegui o vídeo da apresentação com os caras do Wu-Tang, segue um cover de Ike Turner.

El Michels Affair. Do cacete!

A Neu é bem meia-boca



Caetano, como eu havia dito, é "All My Friends" mesmo.

Acho que passou da hora de você acreditar no que digo quando o assunto é música.

Eu também não tenho bebido...



Eis um senhor muito maneiro e de enorme talento. Tom Waits é o cara. Nesta segunda-feira chuvosa, também sou obrigado a dizer que é o piano que tem bebido, não eu.

Enfim, ele é um tiozinho muito legal. E, para as crianças de plantão, o Amarante não é o primeiro cara com voz de bêbado na música.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Farinha




Estava vasculhando o blogspot em um domingo solitário qualquer e achei um blog muito interessante. Flour (cujo link você encontra ao lado) é um blog dos irmãos Peter e Thomas Herpich. Ambos são artistas e postam sua arte no blog. Na humilde opinião deste empregado de empresa pública, acho o trabalho dos caras bem bacana.

Dentre as várias peças que se encontram lá, me espantei com o trabalho acima. Trata-se de um conjunto de hexágonos, pintados pelo Peter de forma livre e depois utilizados como um mosaico, no intuito de alcançar outra forma a partir da face pintada.

Acho que melhor que eu, só o próprio para explicar. Segue o que Peter disse:

"A few years back, I was feeling frustrated about how many of my (abstract) paintings were coming out poorly. The process I was using - layering poured house paint in layers of gradually increasing thickness - made it almost impossible to correct mistakes or salvage a painting that had veered in a direction I became unhappy with. I was upset about the waste of time and materials and I began looking for a more flexible method.

I remembered a toy I played with a child. It was a mosaic of wooden cubes that were painted differently on each side, just like this one. I remembered how much I enjoyed exploring different compositions without having to commit to any of them and how the materials could be reused as many times as I liked.

I decided to create a set of blocks for myself, but with more pictorial versatility than the simple colored blocks I'd played with as a child. I chose a hexagonal prism block because its six sides allow more possible combinations (without painting on more than one side of the block) than a square (possibly the most). I grouped a number of the blocks (each about four inches across, I think) into honey-comb arrangements and painted loose, free-form compositions across them, concentrating on getting a variety of colors and shades as well as some areas of illusory depth. The groups were then dispersed and used as pieces to an open-ended puzzle.

In a few cases I painted not an abstract composition on the grouping, but a realistic self portrait, hoping these recognizable elements might act as binding agents for what I expected would otherwise be very loosely representational pictures".

Sensacional. Não deixem de conferir o blog dos caras.

Francis Bacon

"Self-Portrait"

"Painting 1946"

Ok, assholes, eu não entendo nada de arte. Porém, não sou o único nessa situação. Logo, ignóbeis apedeutos como eu, deixo-lhes duas amostras de um artista que me chamou a atenção nesses últimos tempos: Francis Bacon.

Quem se interessar, corra atrás de informações. Foi o que eu fiz.

sábado, 4 de abril de 2009

Mulheres de cabeceira


Ellen Philpotts-Page, nascida em 21 de Fevereiro de 1987, em Halifax, Canadá, atriz, iniciou a carreira aos dez anos, na série de TV "O Pequeno Pônei" e apareceu para o grande público em 2005, quando interpretou Hayley Stark no filme "Menina má.com". Logo após, em 2006, participou do último filme da trilogia X-Men, "O Confronto Final". Em 2007, interpretou a garota grávida do sucesso mundial "Juno".

Ellen é uma garota, com tenros 22 anos. Porém, provou ser extremamente talentosa desde sua interpretação de Juno, filme que lhe rendeu uma indicação ao Oscar e ao Golden Globe. Tem um dos rostos mais lindos de Hollywood e completa todos os requisitos físicos de mulheres que dilaceram meu coração. Linda demais, com ar de lolita, um sorriso perfeito e uma meiguice que me fura as córneas. Casaria-me com Ellen Page.

"....cruzando a linha entre a vida e a morte."

Danny Skinner recomenda.

A volta do mestre Romero. Sensacional, como não poderia deixar de ser.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mais do mesmo



O mestre nunca é demais.

Juro que queria ter ido ao Soul Train. Juro! Ia quebrar tudo lá.

Parabéns pra você



Happy birthday, soul brother.
Marvin Gaye é o cara.
Feliz 70 anos, mestre.

Ahh, vá... Ele sabe rir?!





FX é o canal.

Post dedicado àqueles que acreditam que o Guilherme é um cara depressivo e sisudo o tempo todo.

Michael Stipe é o gay/bissexual mais bacana do mundo



Lembrei dessa música agora a pouco. Não há como, de forma alguma, negar que é uma das músicas mais bacanas da história. R.E.M. é muito foda. Pena que o "Murmurs" não seja o disco mais lembrado deles. Ainda assim, "I feel fiiiiine"!

PS: Quem nunca chorou ao som de "Everybody Hurts" que chute o primeiro padre.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Eggplant, Just Came Out, Resilient, etc...



Momento "Túnel do Tempo":

Waltinho, Adriano e Robervas. Acredito que a gente tocava um pouco melhor que isso...

Enfim, eu era muito feliz (mesmo) nessa época. Tenho muita saudade de vocês.
Dri, vou tentar visitá-lo ainda este ano. Infelizmente, não vai dar na data "combinada".

Love, love, love



Tentei achar algum vídeo ao vivo dessa canção, mas não existe nenhum com qualidade suficiente para ser postado. Ainda assim, é uma das músicas mais legais de todos os tempos e uma das minhas bandas favoritas, não há como deixar de lado.

Além disso, é uma música muito "fofinha". "We're gonna die, but not our love". Pode uma banda punk ser mais romântica que isso?! Aiai..!!!!

PS: Bom que ninguém lê este blog. Caso contrário, seria ameaçado de morte por chamar NOFX de "fofinho"...

Platão



Mais um post para o meu caro amigo Ricardo.

Não, eu não tenho conta no Banco Real. Muito menos sou estudante de gastronomia ou faço parte dessa ONG.

O único motivo deste post é que eu acho essa Aline muuuuuuuuuito linda. Diria até que se trata de mais uma de minhas paixões platônicas, juntamente com a Cat Power, Mel Lisboa e Michelle Williams. A única diferença é que essa garota é um pouco mais Real (desculpe pelo trocadilho). Devo ressaltar que o "mais uma", se levarmos em conta o time de paixões, não é nem um pouco depreciativo.

Aline Rissato, onde quer que esteja, saiba que tens meu coração.
Beijos, ma chérie

PS: Não me perguntem porque mencionei o nome do Ricardo no post.

Para conhecimento



She & Him é um duo formado pela atriz Zoey Deschanel, que canta e toca piano e banjo, e o músico Matt Ward, mais conhecido como M. Ward. O projeto lançou um único album até aqui, curiosamente intitulado "Volume One", o que nos leva a crer que outros volumes virão. O tom é bem sweet pop, com composições da Zoey e covers de Smokey Robinson e os todo-poderosos Beatles. Vale a pena conferir.

Post dedicado ao ator Ricardo Sales, que, ao perguntar-me quem cantava essa música do vídeo recebeu um delicado "Por que?"...

domingo, 29 de março de 2009

La Zona


Danny Skinner recomenda vivamente.
Sensacional. Um suspense com sabor de crítica social impactante.

Pronto



Totally "Yo, Motherfucker"!!

Mr. Cuomo hosting the Yo! Mtv Raps?!

Damm you, Billie Joe, for bringing back the 6 minutes pop songs!

Geek rock!



Acabo de me perguntar por que nunca postei Weezer nessa bagaça. A resposta eu não sei, mas, como levei todo esse tempo, não vejo mal em esperar mais um pouco. Pra compensar, segue um vídeo do The Rentals, a banda do Matt Sharp, former bass player do Weezer. Aliás, Weezer nunca foi a mesma coisa sem ele...

Guloseima

Yo, motherfuckers!

Dica: Um pouco de doce de leite, ovomaltine em flocos e um pouco de leite em pó. Só misturar, deixar curtindo na geladeira, mandar pra dentro e esperar a próxima ida ao banheiro.

Muito bom. Danny Skinner ataca de gourmet.

Oh, Shirt!


Já disse que sou fã do George Romero? Pois bem, este é o meu atual sonho de consumo. A Coltesse é uma marca francesa muito bacana, tem umas estampas muito lindas. Vale a pena dar uma olhada no site (link ao lado).

PS: Maio está logo aí, seres humanos. Eu, no lugar de vocês, ficaria esperto com essas dicas.

Lembram disso?





"Whose Line Is It Anyway". Este programa era exibido na Sony. Drew Carey apresentava e tinha uma série de comediantes como participantes. Infelizmente, acabou e, pior ainda, foi copiado pelo Marcos Mion na Mtv.

Quinze passos e uma queda abrupta

Fechei os olhos e contei até quinze, esperando que a ânsia ou o vômito tomassem seu rumo. Felizmente, a ânsia deu o primeiro passo e eu, finalmente, pude me concentrar no que ela falava. Era uma voz tão doce, tão segura, tão aconchegante. Dizia coisas sobre mim, sobre o quanto eu não sabia lidar comigo mesmo, sobre o quanto atropelava as coisas e tornava tudo tão patético para os outros. Escutava mais do que ouvia. Não sou um completo lixo, ainda sou capaz de me sentir ofendido e magoado. Além do que, ela provavelmente estava certa e eu fiz por merecer aquilo.

Não precisei desviar muito o olhar para ver uma foto nossa na estante, sorrindo. Creio ser para isto que servem as fotos, para eternizar momentos. Ainda no meu campo de visão, duas garrafas de vinho, um frasco de comprimidos e uma passagem para algum lugar que, imagino, deva ser bem longe daqui. Mas é ela que me chama a atenção. Sempre linda, sempre chamativa, sempre e pra todo sempre ela.

Em dados momentos, sinto que deveria ter dito algumas coisas a ela, algumas poucas verdades, aquelas poucas que sobraram em mim. No fundo, até entendo que, ao menos para ela, essa mesma boca não seria capaz de mentir tanto e dizer poucas verdades ao mesmo tempo. Por isso calei-me e permaneci imóvel.

Percebi, finalmente, o que ainda a mantinha aqui comigo. Foram tantas coisas ditas que, definitivamente, ela não seria capaz de embrulhá-las nas poucas bagagens que levou, sair sem deixá-las onde deveriam ficar. A última palavra dita trouxe uma aura tão brilhante, ou até maior, quanto a que brilhava dela quando a conheci. Como se ela voltasse a ser a mesma, como se pudesse buscar algo novamente.

Quanto a mim, foi como se Mephistopheles me surrupiasse a alma. Orgulho nunca tive em quantidade considerável, não era isto que se esvaia. Alegria, felicidade e completude nunca foram palavras corriqueiras no meu diário, mas ainda assim não eram o que me passavam a faltar. Durante os quinze segundos de silêncio entre sua última palavra e meu único suspiro, notei que ia ficar sem ela. Era ela. O que me faltava e ia pra sempre faltar era ela. Talvez por, finalmente, ter perdido a noção do ser incompleto, não sabia mais o que havia me completado. Agora, vazio novamente, podia ver, ao menos de longe, na foto na estante, o que é estar completo.

Por saber que não era digno de tê-la, deixei-a partir sem uma única palavra minha. Agora, são tantas que não consigo ficar calado nem quando vou à padaria. Até o cobrador do ônibus já sabe o quanto penso, amo e necessito dela. Acredito mesmo que ela seja a única a não saber. Melhor assim. Melhor sem mim.

Uma propaganda enganosa, é isso que sou agora. Vendo-me por um preço até barato, iludindo aquelas que crêem estar diante de alguém interessado, afim de ficar, estar e ser. O que sou mesmo é uma pessoa a procura de alguém em outro alguém, sou um idiota em uma busca fadada ao insucesso. Idiota, pois sei onde ela está, sei o que quero. Pensando bem, talvez ela seja a idiota, pois é a única que não sabe que a quero mais que tudo.

Dedicado a todos vocês, seres humanos



Não é dessa música, mas não custa lembrar.
Está tudo errado.
Tá tudo certo...
Está tudo errado.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Momento "Salve alguma coisa"



Pessoas, é hora de tomarmos uma atitude. Vamos ajudar, vamos nos unir por um bem maior. Salvem a pobre alma desse que vos escreve. Eu, a.k.a. Danny Skinner, estou perdendo um pouco da minha sobriedade a cada dia que passa. Tudo por causa da falta que me faz um ser humano do sexo feminino. Sim, eu estou carente e sedento por uma mulher de pele macia, voz agradável e lábios viciantes. Vamos, amigos e visitantes, salvem-me. Postem comentários com telefones, endereços e afins de garotas que conheçam e que queiram um relacionamento saudável com um rapaz muito bacana, sagaz e cheio de vida (hehe). Se for a pessoa da minha vida (sim, ela existe e é uma só), prometo um caminhão de balas de canela.

Não se mantenha apático, participe. Salve uma boa pessoa como eu, pois estou em falta no mercado.

Come on, girl



Hummmm...
Como diria o Joey, "How you doin'?".

Pobre coitado...



Esse cara deve ter a mesma doença do Michael Jackson. Impossível ele ser branquelo...

Danny Skinner está na fase "Soul Brother".

Toy Story

Mais uma paixão: Toy Art.

Esta é um edição especial do Munny, toys vendidos em branco para que você possa customizá-los da forma que quiser. Esse aí em cima foi customizado em homenagem ao quadro "Son of Man", do René Magritte.

Ao lado, vocês encontram o link pro Blog de Brinquedo, com várias dicas de toys em geral. Vale a pena conferir.

Crenças e descrenças



Quando nada mais de concreto lhe resta em que acreditar, você se vê obrigado a acreditar só em si mesmo. Porém, quando só há a si mesmo em que acreditar, restará só a si mesmo do que duvidar.

A visão do alto sempre é mais prazerosa. O amor sempre é sem defeitos.

Triste de quem se vê no meio da verdade, quem não enxerga com outros olhos, quem sabe do que está falando...

terça-feira, 24 de março de 2009

Plágio, nunca! Influência, talvez...



Gostar de Radiohead até que é fácil.
Indie mesmo é esse cara aqui. Tem até solo de teclado Casio.

segunda-feira, 23 de março de 2009

R$100,00 por uma viagem à Lua

Aconteceu. Domingo, pontualmente às 22h, o Radiohead tocou para trinta mil pessoas em São Paulo. Pouco antes disso, Los Hermanos e Kraftwerk haviam aberto o caminho pra catarse que foi o show dos britânicos. Infelizmente, perdi o show dos cariocas e, talvez pela empolgação ou pelo meu atraso, estava meio distante no show dos alemães. Mas, pra minha sorte, a noite ainda guardava muita coisa.

Devo salientar que me dei conta de que não tenho mais paciência para ficar em pé por mais de quatro horas, rodeado de pessoas folgadas, fazendo piadas sem graça e tentando parecer o mais cool possível. Foi com esse quadro que tive uma das maiores experiências da minha vida.

Thom Yorke e sua turma iniciaram o espetáculo (melhor palavra, impossível) conforme o esperado, com "15 Steps". Não era necessário muito pra ver que aquilo poderia ser a maior e melhor coisa vista por todos ali. O palco era um show a parte, com várias "estalactites" piscando e um telão dividido entre as várias câmeras colocadas em cada um dos integrantes.

Não é muito dizer que arrepia ver, após uma espera de quase 20 anos, a banda executando seu som bem na sua frente, de forma tão coesa e inebriante. Dava para perceber que o público gostou mesmo do novo disco, "In Rainbows". Praticamente todos cantaram "15 Steps" e isso se repetiria durante todo o show.

Em seguida, "There, There", uma das duas músicas tocadas do "Hail to the Thief". Sou suspeito para falar, pois acho esta uma das melhores composições do Radiohead. "The National Anthem" veio em seguida, marcada pelo baixo de Colin Greenwood, dando o tom do que seria aquela viagem. Aliás, é muito divertido ver Colin no palco, parecendo uma criança, contente por poder fazer parte dessa instituição chamada Radiohead (quem não ficaria?!).

"All I Need" é a quarta música do set e o primeiro momento em que fica bem clara a capacidade da banda, o dom de fazer 30.000 pessoas silenciarem e deixá-los totalmente envolvidos com algo que alguns gostam de chamar, simplesmente, de música. Particularmente, esse foi um dos muitos momentos em que me senti totalmente fora de órbita e com uma vontade incontrolável de declarar meu amor a uma certa pessoa.

"Pyramid Song" surge e, juntamente com "All I Need", leva todos os presentes para fora da Chácar do Jóquei, pra algum lugar que só quem estava lá pode confirmar. Fiquei muito feliz de vê-la ao vivo, uma das pouquíssima músicas do maravilhoso (para mim) "Amnesiac". Fica bem claro o talento, concentração e precisão de Phil Selway na bateria.

Logo após, um dos (vários) momentos mais esperados, "Karma Police". Linda, como de costume, cantada em uníssono. Aliás, após a música, ouvia-se nos auto-falantes o "for a minute there i lost myself" cantado pela platéia durante os refrões da música, mostrando que estávamos ali para fazer o show juntamente com a banda.

"Nude" trouxe um pouco mais de melancolia aos presentes, lágrimas para alguns e distância deste planeta e mais vontade de declarar o amor para este que vos fala. Como diz o título, era como se nada mais lhe cobrisse a alma.

A trinca "Weird Fishes/Arpeggi", "The Gloaming" e "Talk Show Host" veio para acabar com a noção de tempo de todos e deixar 30.000 bocas abertas, sem entender como os caras são capazes de fazer algo desse tipo.

"Optimistic" mostrou-se um dos pontos altos do show. O palco foi, mais uma vez, invadido por uma profusão de luzes capazes de deixar qualquer criança japonesa rolando no chão, exatamente como aquele rato do desenho japônes. Thom Yorke mostrava a todos os Chris Martin e Bono Vox do mundo que, felizmente, não há como conquistar milhões com fórmulas. O vocalista entregava-se a cada acorde tocado, cada palavra dita, cada momento vivido naquele palco. O final de "Optimistic" deixava bem claro que TUDO aquilo é bem verdadeiro.

"Faust Arp" e "Jigsaw Falling Into Place" entram para contribuir com a missão de tocar o "In Rainbows" na íntegra e, principalmente a última, preparar pra mais uma viagem fora de órbita, que veio com "Idioteque". "Iceage is coming, Iceage is coming", todos os ouvintes entregando-se cada vez mais e Thom Yorke fazendo questão de dizer que aquilo estava realmente acontecendo. Ed O'Brien e Johnny Greenwood mostram tudo que podem fazer sem uma guitarra, qualidade advinda com toda a piração pós-Kid A.

"Exit Music (For A Film)" e "Climbing Up The Walls" colocam vários "PQP!", "Meu Deus!" e "Não acredito nisso!" na boca da platéia. A primeira é avassaladora, uma das músicas mais intensas do Radiohead. "Climbing..." é tão soturna quanto e me fez acreditar que ver aquilo tudo era como estar e não estar em lugar algum. Deu até para ouvir alguém dizendo "Me passa uma navalha".

"Bodysnatchers" fecha a primeira parte do show colocando todos para balançar o esqueleto, mesmo que de forma completamente esquizofrênica.

Após alguns minutos, os caras voltam ao palco com uma sequência muito mais eficiente para cortar os pulsos com a navalha requisitada por aquele maluco. Primeiro, "Videotape" me arrepiou até o último fio de cabelo e eu agradeci aos céus por ter ficado sem bateria no celular, senão seria obrigado a fazer aquela bendita ligação ao meu "amor" (hehe).

"Paranoid Android" foi o primeiro golpe direto na alma. Ouví-la ao vivo é, definitivamente, tudo que eu esperava. Não ouve como não chorar enquanto aquele vocalista estraninho pronunciava "Come on rain down on me". Ao final, mais uma vez os auto-falantes tocaram a platéia cantando. Contudo, dessa vez Thom Yorke e seu violão participaram. Ao meu ver, o momento (musical) do ano.

"Fake Plastic Trees" foi uma surpresa bem agradável para mim e "Lucky" (junto com "Paranoid...") me deu a sensação de que posso, finalmente, morrer em paz. O primeiro bis é fechado com a maravilhosa "Reckoner", a melhor do "In Rainbows".

Até ali, estava claro que o Radiohead é capaz de lhe fazer acreditar que há esperança para a humanidade. Estar ali era, sem sombra de dúvida, especial para todos; fãs, não-fãs ou qualquer outra espécie. Parecia que ninguém mais se lembrava de nada, todos se olhavam de forma meio perdida, perguntando-se "O que é isso?!".

A banda retorna para seu segundo encore, trazendo a última música do "In rainbows", a linda "House of Cards". Em "You and Whose Army", Thom dá indícios de não ser deste planeta, conduzindo a música no piano, encarando a câmera de forma meio, hum, digamos... incomum e pedindo o apoio da platéia que, obviamente, mostra sua voz. Após mais esta viagem aos confins do universo, surge o meu último desejo do dia, "Everything in It's Right Place". Ao notar que o show aproximava-se do fim, eu senti que tudo estava (mesmo) no seu devido lugar, que nada estava errado, comigo ou com o resto do mundo. É o mais próximo que cheguei de um ritual religioso, de atingir algo muito maior, de se sentir bem, sozinho e completo, mesmo com 30.000 mil pessoas (de todos os lugares imagináveis) ao meu redor. Mais uma vez, fiquei em dúvida: "Como uma banda com um repertório tão melancólico consegue fazer alguém tão feliz assim?".

A banda sai durante um intervalo um pouco maior do que os anteriores e desperta uma certa impressão de que havia chegado o fim. Porém, dá as caras mais uma vez, agradece a platéia por tê-los recebidos e retribui com uma música que não estava planejada. "Creep" levanta aqueles que desmoronaram durante o show e traz ao chão os que estavam em órbita. A música só comprova que a espera pela banda foi grande. O palco dá a última demonstração do que é capaz, com uma luz branca que, acredito eu, deve ser exatamente como a que descrevem as pessoas que tiveram alguma experiência perto da morte. Ninguém ali é mais o adolescente da época em que a música foi lançada, mas todos cantam da mesma forma, gritam "You're so fucking special" e "I'm a Creep, I'm a weirdo", como se sentissem tão estranhos quanto uma debutante. E, devo assumir, foi muito bom.

A banda então se despede pela última vez, deixando um sentimento ruim em mim. Não pelo fato de que havia chegado ao fim e que, provavelmente, terei que esperar mais alguns anos pela próxima. Senti-me mal pelo fato de ter percebido que não seria capaz de fazer algo nem próximo do que eles fazem, que acordaria no outro dia e continuaria minha vida sem a sensação de plenitude ou a esperança experimentada nesse domingo.

Assitir ao Radiohead é mais ou menos isso. A verdade, só quem foi sabe qual é. Porém, não há como negar que trata-se de algo que qualquer ser vivo neste planeta deveria fazer antes de morrer.

sexta-feira, 20 de março de 2009

sem abóbora



Já fiz disso esse drama, essa dor...
Eu preciso muito andar um caminho só, buscar alguém que eu nem sei quem eu sou.
Guarde um sonho bom pra mim.

Domingo tá logo aí.

"...ao amanhã a gente não diz..."



Demorou demais pra perceber...
Entrega o viver e pronto.


Uma das melhores bandas de todos os tempos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eterno domingo à tarde

Preguiça. Inacção. Negligência. Mandriice. Tudo a mesma coisa. Para alguns, um dos sete pecados capitais. Para outros, um modo de vida. Porém, para muitos, a preguiça é como a feiúra, muito fácil de ser vista nos outros e não tão fácil de se assumir em nós mesmos.

Voltando para São Paulo, pensei bastante na possibilidade de sair daqui, me aventurar em locais inóspitos e enfrentar os apuros de contar somente com si próprio. Afinal de contas, é só o que vejo como revés no fato de dar as costas a SP. Aliás, perdão, deixe-me corrigir, pois não vejo o fato de ter somente a mim mesmo como um infortúnio. Aliás, creio que enxergar isso como uma vicissitude seria muita preguiça da minha parte (hum...). Afinal, seria negligenciar, a mim mesmo, o prazer de conquistar o novo, de superar adversidades, de aumentar a bagagem. O medo de inovar nada mais é que a máscara da preguiça.

Buscamos, hoje, o que muitos gostam de chamar de "estabilidade", e aqui chamarei de "sofá-cama", pois dá tudo no mesmo. Quando projetamos o futuro, por total aversão ao trabalho em nossas mentes e corações, almejamos uma vida estável, um sofá-cama com três lugares (os mais audaciosos e gananciosos sonham com quatro lugares), confortável, onde caiba toda sua família e que não traga a necessidade à qualquer de nossos rebentos de mover-se ao quarto para dormir, pois o sofá se transforma em cama num piscar de olhos. Resumindo, preguiça.

E a tal da felicidade, cantada em todos os ritmos e línguas, ficou meio esquecida, deixada de lado, não é mais objeto de desejo, não é a estabilidade que queremos. Parece-me, em certos momentos, que a vida tomou para si o que prega a igreja católica sobre o sexo. Vivemos apenas para procriar, para produzir. Não há mais tesão, ninguém mais pensa em gozar. Fazer o outro(a) gozar, então...humpf!

A preguiça é tanta que não nos movemos nem para enxergar além da pilastra e ver que a realidade que vivenciamos ou buscamos viver não passa de ficção. Tomemos como exemplo a causa da atual crise econômica mundial. Nunca algo virtual causou tanto estrago no mundo. A realidade perdeu o que lhe dava sentido, o concreto, o tangível, o vivenciável e, por que não, sensível. Não há paixão, não há entrega, não há intensidade, não há atrito. Está tudo inerte, em um movimento constante e regular, estável. Teremos, sim, nosso carro com quatro portas, um apartamento com vistas para o Parque do Ibirapuera, um filho em escola particular, uma esposa bem vestida e um sexo sem graça duas vezes por semana. Em poucas palavras, é o mesmo prazer que se tem com uma punheta depois da primeira transa. Bom, mas nunca espetacular. Tudo em nome do sofá-cama, em nome da preguiça, da feiúra que nossas mães nunca assumiram e que acabamos doutrinados a não enxergar no espelho.


Óbvio que isso tudo não passa de panfletagem, não sou eu quem vai dar a primeira gozada. Porém, no fim do dia, de tanta raiva de Bonos Vox como o presente interlocutor, acabamos influenciados a fazer algo nós mesmos, nem que seja sair da sala para dormir no quarto.

Truth or Lie?



Melhor "gang vocal" de todos os tempos!
De arrepiar até os pêlos da sola do pé (É, isso mesmo. Até lá).
E, como se não bastasse, uma apresentação no meu festival preferido (ok, eu nunca fui, mas sonho ir um dia).

terça-feira, 17 de março de 2009

Legenda by Danny Skinner

Confiram no link abaixo um pequeno trecho de um (outro) novo filme com atores indianos:

http://www.grapheine.com/bombaytv/index.php?module=see&lang=br&code=9c2cc166d7668b93a05474306e7d902e

Mulheres de cabeceira

Cat Power (Charlyn Marie Marshall, a.k.a. Chan Marshall), cantora, nascida em 21 de Janeiro de 1972, em Atlanta, Estados Unidos, é filha de pianista e teve contato com a música desde a infância. Iniciou a carreira abrindo shows da Liz Phair, onde conheceu Steve Shelley (batera do enorme Sonic Youth), que a encorajou a gravar seus dois primeiros cd's.

Cara, acho essa mulher linda. Diria até perfeita (pra mim). Uma baita de uma voz, um talento enorme, já gravou com muita gente boa, de Eddie Vedder a Al Green, e, conforme se vê (ouve) dos álbums da garota, flerta com uma série de estilos (indie, soul, folk, blues) sem soar falsa em nenhum momento. Tem um rosto mais do que angelical, e, além de tudo, curte uma birita. Amo essa menina. Casaria-me com Cat Power.

PS: No próximo episódio, Lauryn Hill.

sweet



O cover ficou sem graça, mas a menina é tããããoooo bonitinha! Mesmo com a cara de "bored as shit", achei-a adorável. E eu não consigo parar de ouvir as malditas Abóboras Amassadas.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aproveitando o ensejo



A internet disse que DDA causa alguns distúrbios que não somente a atenção reduzida (procurem). Por isso, mais um brinde à discórdia e ao caos (hã?!).

Beijos e abraços, motherfuckers

One more...



Sem dúvida, melhor. Infelizmente, Billy Corgan nos privou de pronunciar a bela expressão mencionada no post anterior. Porém, por ser uma das melhores composições do SP, a música vale qualquer pena disponível nesse mundo.

"...lost my innocence to a no good girl..."
"No way, I don't need it, I don't need your love to disconnect"

É, fuck you.
Hehe

Yeah!



Ok, a música é ruim, mas vale a pena postar. Serve pra muita coisa... Acho melhor que sofrer dor de cotovelo ouvindo sertanejo. Enfim, a letra é divertida, a música é bem sofrível e, somando tudo, você tem alguns poucos minutos de diversão. Afinal, não há nada mais relaxante que mandar alguém se foder.

Pois bem, vá se foder.
Até a próxima, pessoal!

Momento schizo

AAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!

Malditas vozes na cabeça...
Fantasmas do passado que não se vão...

Deixem-me em paz!!

AAAAAAAAAAHHHHHHH!!!

Ok, pronto.

Mulheres de cabeceira

Bibi Andersson, atriz, nasceu em 11 de Novembro de 1935, em Estocolmo, na Suécia. Atuou em vários filmes do diretor Ingmar Bergman, entre eles obras primas como O Sétimo Selo, Morangos Silvestres e Persona. Foi casada duas vezes, e desde 29 de Maio (coincidência?) de 2004 está com Gabriel Mora Baeza.

Bibi me parece ter a típica beleza nórdica, da pele alva, traços delicados, muito afeminados e singelos. Acho seu rosto muito agradável de ser apreciado, os cabelos curtos são fatais para mim, que, junto com os lábios e o sorriso, lhe conferem um certo quê juvenil. Casaria-me com ela.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sr. Ferrari e Flike




Pós-realismo de partir o coração.
Bom demais.

by Vittorio de Sica

Danny Skinner recomenda.

Très Bien

The (not so) New Favorite

Oh, Shirt!


Mais uma pra sessão. Essa vale pelo trocadilho... digamos, jovial.
Ao lado, você encontra o link pra Camiseteria, uma loja online bem famosinha, com algumas estampas interessantes.

By the way, Maio tá logo aí. Aceito presentes, viu?!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Prece

Domingo. Sozinho, o dia inteiro. Nada pra fazer, a mente pulsando como uma ferida. Pensa, pensa, pensa... Nada. Impossível manter-se são neste estado. Pra pessoas como eu (só pra não me descrever), este tipo de situação levará sempre à mesma coisa. Logo, peguei a leitura, coloquei debaixo do braço e dirigi-me ao local mais sagrado em qualquer morada: o banheiro. Precisava me distrair e aquilo parecia o mais sensato no momento.

Entrei, fechei a porta (atenção ao verbo), abri a minha leitura e comecei aquilo que tinha me levado àquele cómodo da casa. Quando estava no final, completamente absorto no ato, livre de tudo e todos no resto do mundo, a porta (indiscretamente, como deve ser) se abriu. Para que fique clara a imagem, estava eu na frente de um espelho, que é a primeira coisa que se vê ao abrir a porta do banheiro. Pois bem, da mesma forma que foi aberta, a porta avançou até um quarto de sua abertura e fechou, como que certa de que deveria ter sido trancada quando entrei.

Óbvio que a porta não abriu sozinha. Era minha pequena mãe quem manejava a maçaneta, e foi ela quem vislumbrou, pelo reflexo do referido espelho, aquele momento que deveria ser só meu. Sim, meus amigos. Aos 26 anos de idade, em um domingo de calor e solidão, fui pego pela minha própria mãe REZANDO COM A BÍBLIA NA MÃO.

Imaginem o desconforto deste que vos fala, vendo a porta abrir-se, sem reação, tentando desesperadamente esconder aquela bíblia e fingir que nenhuma prece estava sendo realizada naquele local. Imaginem isso para um rapaz de 26 anos, o qual nunca sonhou, em hipótese alguma, passar por tal vexame. Vinte e seis anos vividos para, em um maldito domingo como aquele, ser obrigado a mostrar-se para a própria progenitora com a bíblia na mão.

Céus, até hoje me dói a alma ao lembrar... Claro que não quero parecer moralista, suscitar que o ato de rezar é algo impuro. Muito pelo contrário, acho que é uma das formas mais interessantes de se entrar em contato com a religião. Porém, não há necessidade alguma de partilhar tal descoberta com a pessoa que te amamentou e te carregou no útero por nove meses.

Raios! É isso que acontece com pessoas que ficam muito tempo sem comungar. Há meses não encontro uma pessoa bacana, católica como eu, para comungar pelo simples prazer deste ato divino. Creio que o meu caso é ainda pior, pois não vejo graça nenhuma em me dirigir a locais como estas igrejas pastorais, estas orquestradas por bispos que carregam dólares na cueca. Acho que a prece deve ser feita por amor, buscando a identidade entre os parceiros, nunca pelo dinheiro. Fique claro que não quero recriminar as pessoas que vivem disso. Simplesmente, não é a minha onda.

Ademais, como se não bastasse o fato de estar sem uma parceria cristã, essa tal de internet nos leva a entrar em contato com a palavra divina a qualquer momento, em qualquer lugar. Até os celulares podem ser utilizados para se carregar a palavra do livro sagrado. Como, me respondam, por favor, pode um ser humano, no estado em que eu estava, após meses sem a comunhão, sedento pela palavra sagrada e rodeado de referências ao divino, permanecer imóvel a tal prazer?

Pois é, impossível. Não só por isso, tenho minha mente limpa, sem a chaga que é o remorso de um pecador. Realizei um ato do qual não me envergonho. Empunhei, sim, a bíblia na mão e rezei fervorosamente, até atingir o clímax. Aliás, não me envergonho por assumir que faço isso frequentemente. A única coisa de que me arrependo é não ter prestado atenção àquele pequeno trinco na porta do banheiro, o qual teria me salvo de toda a vergonha e faria deste texto uma simples ficção, não um vergonhoso relato.

Oh, shirt!



Gosto muito de camisetas. Por isso, decidi que postarei algumas estampas bacanudas que você acha facilmente a venda na internet. Essa é sensacional. É o Tigre Dentes de Sabre de Luz. Sacou, hein?! Mais nerd, impossível.

Aliás, reparem como o gordinho que a está vestindo tem um quê de nerd comedor de bolacha recheada.

By the way, o link pra essa e outras camisetas tão supimpas quanto está aí ao lado (El Cabriton).

Preto no Branco

Cara, sem rasgação de seda ou idolatria, mas eu queria mesmo ser o Jack White.

O cara é um dos melhores guitarristas atualmente, boa pinta, líder de um dos grupos (dupla) mais influentes e bem quistos dos últimos tempos, tem tempo pra montar um projeto paralelo tão competente quanto sua banda principal, toca baixo e bateria igualmente bem e, como se não bastasse, forma outro projeto com pinta de ser tão bacanudo quanto o resto. Entre no link abaixo e ouça Mr. Jack Branco brincando de Meg White:

http://thedeadweather.com/


Aliás, por último, mas não menos importante, o cara (provavelmente) já deu umas bitocas na Meg White. Enfim, quem pode, pode.

ps: Ainda em tempo, descobri que o Mr. White abriu uma loja de discos/selo/espaço para shows/estúdio de gravação chamada Third Man Records. O debut do The Dead Weather, seu novo projeto musical, se chamará Horehound e está previsto para junho. Confira o primeiro single, "Hang You From The Heavens":


quarta-feira, 11 de março de 2009

shit...!

PQP! Acabei de descobrir que essa música do Beirut foi tema de uma minissérie da Globo...
Oh, Deus! Perdoe-os, pois não sabem o que fazem.

Voltando aos poucos



Aproveitando a onda de bandas indies (argh!!!) invadindo o Brasil, essa pode ser uma boa pedida para os vindouros festivais deste ano de 2009. Viva os Balcãs!!!

terça-feira, 3 de março de 2009

Post Morten

Existe uma expressão que quase nunca me lembro de usar. Porém, ela acaba de me acertar a cara e eu pude ver que sempre a achei sensacional. "Dar murro em ponta de faca". Por algum motivo, acho extraordinária...

Acho que não tenho muito mais o que falar aqui hoje. Tô com dor de cabeça, de ressaca, nervoso, ouvindo tudo de podre que conheço na música pra ver se acalmo e com muito calor.

Grrr...






Aproveite

segunda-feira, 2 de março de 2009

CÉREBROS!!!!!


Sou fã do George A. Romero, e creio ser difícil indicar somente um filme dele. Logo, recomendo "Todo mundo quase morto", uma sátira muito bem executada dos filmes de zumbi e, por certo, uma homenagem ao mestre. Você sacia sua fome de cérebros e ainda dá umas risadas. Um prato cheio!

ps: Também resolvi comentar sobre o filme porque uma pessoa o criticou de uma forma perversa para mim, logo, resolvi me levantar e defendê-lo publicamente.

Não, não sou eu na foto.


Curto muito esse cara. A foto faz parte de um ensaio com vários atores "do momento" encenando cenas clássicas do cinema. Se não conhecem essa, assistam mais Hitchcock, pro seu próprio bem.

Nem só de clássicos vive o homem


Recomendo.

Todo mesmo

Pessoas,visitem o blog Todoprosa do meu "amigo" (brincadeira, o cara nem me conhece) Sérgio Rodrigues. Entre a série de comentários literários, temos os "Começos Inesquecíveis", onde ele posta o começo (dãã) mais genial de alguns clássicos da leitura. Sensacional.

Uma das melhores coisas que ouvi nesses últimos tempos.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Junto com esse, claro

Esse também

Flaming Lips foi um dos melhores shows da minha vida

Sucesso!




snif

Acabo de descobrir que choro até quando assisto "American Inventor". E é a primeira vez que assisto isso, logo, não se assustem se não conhecem o programa, eu também não conhecia. Cara, eu chorei até em "Impacto Profundo". Choro na maioria dos filmes da "Sessão da Tarde"...

Se eu não fosse tão apaixonado pela Penélope Cruz, a Scarlett Johanson, a Anne Hatthaway, a Mel Lisboa e a Megan Fox, poderia até considerar a idéia de virar gay... Saco, até isso é difícil...!

De coração

O Blog da tereza é muito legal!!!!
Sério, leiam.
O link está ao lado.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nome próprio, sem pseudónimos

Vários podem ser os motivos desse hiato no blog:
1 - Eu sabia que isso podia ser descoberto e, por precaução, reprimi minha inspiração.
2 - A bebida já não é mais tão amiga do teclado.
3 - Algo mais palatável surgiu pra ocupar minha mente.
4 - Finalmente percebi que escrevo mal.

Qualquer que seja o motivo, agora não há mais como se esconder. Desculpas por ter feito isso de forma meio grosseira em certos momentos, completamente absurda em todos os momentos e de forma tão covarde também. Contudo, era o que me garantia alguns momento de paz. Ademais, são só palavras. Claro que isso não torna os sentimentos uma mentira, ao menos até tomarem corpo através da letra. Afinal, nenhum sentimento é falado, por isso não sentia falta do "eu te amo" e aquelas lágrimas me significaram tanto, tudo significou muito. Aliás, tal tempo verbal não está muito adequado. Tudo significa muito, o que queria era deixar claro que nada me levaria a buscar algo hoje.

Enfim, perdi a cabeça nos últimos tempos. Relendo tudo, nada parece muito sensato mesmo. Tudo fora de ordem, de contexto, de espaço. Acho que isso era eu. Bom, ao menos pude reler tudo e chegar a essa conclusão. Logo, que fique claro que não sou tão triste, nem depressivo, deprimido ou sozinho, e essa solidão há de passar em pouco tempo. E, repito, não há nenhuma idealização aqui, não vou cortar meus pulsos por você, ou mesmo arrancar um fio seu de cabelo. Realmente, o hoje me traz um pouco mais de paz por contar com poucas palavras suas. Senti-me deveras agradecido por aquela noite. Por toda a vontade de ter aquilo, de passar pelo nervosismo, de poder errar novamente, de encarar, de não saber aquilo que jurava conhecer, de pensar e não agir, de não querer mais nada... Enfim, não só estava contente ou satisfeito, estava bem de verdade, com aquilo e nada mais.

Lembro da melhor vista que vou ter em toda minha vida. Lembro de tê-la ao meu lado. Lembro de ter dito alguma asneira muito grande, como se fosse impossível você se lembrar daquilo pra sempre sem eu ser desagradável. E, mais importante, lembro que estava ali por ti. Não por não ter vontade própria, muito pelo contrário. Minha vontade era experimentar o que vinha de você, confiava em você, ainda confio. Não me entenda mal agora, não quero soar como uma criança ou uma massinha de modelar, mas, realmente, desde o primeiro instante tive um interesse enorme em ser você por um dia. Queria mesmo experimentar tudo, ter tudo, ver tudo, usar tudo, ler tudo que fosse seu... Achava que nunca mais teria alguém assim na vida. Sei, agora, que nunca terei mesmo, o que não quer dizer que seja uma necessidade, só quero dizer que é única. Por isso me atenho a ti até hoje. Somado ao que o remorso e a angústia podem se tornar para um ser humano, pode ser a resposta de palavras tão estapafúrdias aqui escritas.

O que me intriga é que realmente encontrei tais palavras nesse caminho, as tive nesse tempo, as saborei nesses momentos. Não posso jugá-las como mentiras. Queria nunca tê-la perdido, mas não mais espero voltar no tempo. Ao ler, espero que não se assuste, se espante, me odeie, me julgue (a não ser pelo teor literário). Mais uma vez, não vou tentar abduzí-la novamente. E, aproveitando o que um bom malbec é capaz de fazer, só lhe peço que não volte atrás no seu intento. Eu podia ter recusado aquela manifestação de contato, mas não o fiz. Exatamente por que, como disse, queria aquilo muito e muito mesmo, e nunca vou passar disso. Claro que, se eu não for digno de interesse, aceitarei a penumbra. Porém, ao menos neste momento derradeiro, deixe claro o motivo.

Sei que eu podia não ter passado por isso. Sei que podia ter ganho muito mais, ser muito mais feliz, viajado muito mais, bebido muito mais, comido muito mais, lido muito mais, ido muito mais ao cinema, lhe acompanhado muito mais, descoberto muito mais. Sei que podia ter sido muito mais pra você. Sei que o que passei e aqui escrevi só tem a mim como culpado. Sei que o amor não significa tudo isso e mais o que queria lhe dizer. Porém, sei que tudo isso e mais o que queria lhe dizer é amor, é o que o amor foi e significou.

Ainda espero não ter que olhar pra trás pra revê-la. Ainda espero que não volte atrás. Ainda espero que seja completamente e explicitamente intragável com todos estes textos .

Se te conforta, pretendo que seja a última vez que (confesso agora) lhe escrevo. Será a última mentira, o último sentimento fora de onde deveria. Talvez, o último texto deste blog.

Um beijo, boa viagem e continue arrebatando corações.