terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Be Here Now

O que é pior, verdade ou mentira? O que resta da vida de quem já está morto? Como manter-se são quando sua única atividade é fazer o que não lhe faz sentido? Quando aquele momento especial vai acontecer? Será que vai acontecer? Tenho mantido essa mesma cara por muito tempo. Sinto parte dela derreter, e a outra perder o movimento. Sinto que nada de que gosto, ou gostei, me traz algum sentido ou algum ímpeto na vida. Não quero o que tenho, e me sinto cansado pra correr atrás de qualquer outra coisa. Cada sol que nasce é mais um dia perdido. Cada garrafa a menos é um dia a mais de sono. Não há muitas saídas quando sua maior ameaça é si mesmo. Estou farto de fechar portas, de ser obrigado a esquecer, de sobreviver. Já faz um tempo que só consigo rever certas coisa olhando pra trás. Não é o fato de perder que me deixa triste, e sim o fato de somente obter a resposta depois que soa a campainha.
Hoje vi um pouco disso tudo na minha frente. Tão longe quanto perto. Um instante, nem mantive meus olhos fixos. Aquele relance me digeriu por vários minutos, e pareceu um bumerangue voltando bem na minha testa. Mais uma coisa a menos.

Preciso de uma água-viva.

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